29 de dezembro de 2013

Tão longe mas tão perto.




Acho que é a décima vez que assisto Garota Interrompida, para mim um filme altamente reflexivo, para outros apenas um drama no manicômio.
Não se trata de mim, se trata de todos, todos deste mundo, que fingem ser normais, daí a gente que não faz isso acaba numa internação, eu nunca fui internada, mas acho que não passo muito longe disso, porque não tenho um segredo.
"Como eles sabem o que é ser normal?" Eu faço essa pergunta há anos, e vê-la num filme de "loucos" me fez sentir bem, afinal "ser louco não é estar debilitado ou esconder um segredo sombrio, é você, ou eu, amplificado!" E ser amplificada nessa complexidade exagerada! É, talvez eu tenha uma casa com muitos gatos e continue não penteando o cabelo, mas ainda sim estarei livre, "e eu sou livre, eu posso respirar, e você vai sufocar com sua medíocre vida comum" eu sempre quero se criança eternamente, eu já gostei de mentir, eu confundo a realidade com sonhos, e este filme não foge nada de tudo que já senti em mim profundamente. Talvez seja difícil, para alguém que não pensa pensar sobre tudo isso, mas eu não paro, nunca parei. E por pensar, e me apertar os botões, eu cedo descobri o que sou eu, não o que queria, mas o que não queria, cedo desvendei a mim mesma e me encarei de frente, agora o resto é um processo, mas ainda estou viva, dentro de um mundo aprisionado, cheio de otários, mas livre nas asas da sabedoria e do amor. Jamais duvide de si mesmo.Mas permaneça confiante.

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